Consignado do INSS: 2 em cada 10 contratos têm juros acima do limite.
Relatório da CGU aponta falhas; veja dicas para
contratar crédito.
Dois em cada dez contratos de crédito consignado
do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) fechados entre o final de 2022 e o início de 2023 tinham juros acima do limite estabelecido pelo
CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), mostra Relatório da CGU
(Controladoria-Geral da União).
Segundo o documento, de um total de 3,1 milhões de
contratos ativos fechados entre 13 de dezembro de 2022 e 20 de junho de 2023,
623,8 mil (20,1%) tinham taxa de juros maior do que o permitido.
O consignado é um crédito com desconto direto no
benefício de aposentados e pensionistas. Os juros são controlados pelo CNPS.
Bancos e financeiras que operam a modalidade podem cobrar mais, não menos.
A taxa atual de juros é de 1,72% ao mês.
Em maio de 2023, havia 14,2 milhões de
benefícios com contratos ativos, somando R$ 7,085 bilhões em crédito
consignado, o que representa 83% do total das consignações na folha de
pagamento dos benefícios administrados pelo instituto.
Os resultados do relatório apontam falhas nos controles
internos do INSS, relacionadas a informações registradas no e-Consignado,
inexistência de acompanhamento da qualidade do serviço prestado, falta de
divulgação de informações mínimas e ausência de regras que possam medir custos
operacionais.
DICAS PARA NÃO CAIR EM GOLPE, FRAUDE E NÃO SE ENDIVIDAR COM JUROS
ABUSIVOS
- Procure o máximo de informação sobre
consignado
- Entenda qual é a sua situação financeira
- Está em dúvida? Procure atendimento presencial
- Não use o empréstimo para pagar dívidas
- Em caso de suspeita, procure o INSS
- Analise bem as taxas de juros
- Evite fazer empréstimo para beneficiar terceiros
FOLHA DE SÃO PAULO