A Funcef aprovou o plano
equacionamento do déficit do plano REG/Replan Não Saldado, da modalidade de
benefício definido. O equacionamento do plano de benefício definido (BD)
REG/Replan Saldado já havia sido divulgado pela fundação em agosto, faltando
apenas o plano não saldado, que passava em tratativas com a patrocinadora Caixa
Econômica e os órgãos de controle. O valor do déficit, referente ao exercício
de 2015, é de R$ 1,09 bilhão, e será equacionado por 6 mil participantes e pela
Caixa. Com duração de 237 meses, o plano aprovado prevê contribuições
extraordinárias de participantes ativos e assistidos de acordo com sua faixa de
salário ou benefícios efetivos, variando entre 2,41%, 4,02% e 11,20% para os
ativos, e de 5,05%, 8,42% e 23,44% para assistidos.
O fundo de pensão informou ainda
que a paridade da patrocinadora com a contribuição extraordinária ainda está em
discussão com a Caixa e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc).
Segundo a Funcef, o plano de
equacionamento aprovado trata apenas da parte entendida como incontestável,
considerando que os descontos de ativos e assistidos irão equacionar 50% do
déficit. Já os aportes da patrocinadora serão responsáveis pelo equacionamento
de 41,34% das insuficiências. “A cobrança dos 8,66% restantes será definida
posteriormente, após a finalização das discussões com Caixa e Previc sobre o
caráter paritário do plano”, explica a fundação em comunicado.
A Funcef também divulgou sua rentabilidade no primeiro semestre deste ano.
Apenas o plano REG/Replan Saldado ficou abaixo da meta atuarial, com
rentabilidade de 3,72% contra a meta de 3,87%. Já o Novo Plano, de contribuição
variável (CV), obteve 4,91% de rentabilidade diante da meta de 3,97; o plano
REB, também CV, registrou 4,66% de rentabilidade frente à meta de 83,82%, e o
plano REG/Replan Não Saldado encerrou o semestre com 3,94% de rentabilidade
contra uma meta de 3,90%. Renda fixa continua predominando a carteira da
fundação, sendo o segmento que gerou melhor resultado à maioria dos planos,
seguido por renda variável, que apenas teve um desempenho bem abaixo da média
geral no plano REG/Replan Saldado. Apesar dos resultados positivos, o déficit
da fundação ficou em R$ 756,4 milhões no primeiro semestre. Segundo a Funcef, o
principal motivo para o resultado é o impacto da meta atuarial sobre a fatia
não equacionada.
Investidor Institucional Online