68% dos brasileiros dizem que economia só se
recupera em 2022, diz Febraban.
Maioria
também acredita em aumento do desemprego, dos juros e da inflação.
Mais de dois terços (68%) dos brasileiros acreditam
que a economia do país só começará a se recuperar a partir de 2022, apontou o Radar
Febraban, feito pela federação brasileira dos bancos junto ao Ipespe (Instituto
de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas).
Apesar de o número registrar uma melhora em relação
ao observado na pesquisa anterior, feita em março (75%), a sinalização ainda é
negativa quando comparada a outras categorias: apenas 13% dos entrevistados
acreditam que a economia brasileira se recuperará ainda este ano (contra 9% em
março).
Outros 12% não acreditam de nenhuma maneira que a economia vai
se recuperar (eram 9% três meses atrás).
A pesquisa foi feita entre 18 e 25 de junho deste
ano, com 3.000 pessoas, por telefone.
Ela considera uma amostra representativa
da população adulta brasileira –de 18 anos
ou mais– e de todas as cinco regiões do país, com cotas de sexo, idade,
localidade e controle de instrução e renda.
Ainda segundo o estudo, o pessimismo quanto a
recuperação da economia é pior entre as pessoas de 18 e 24 anos, na qual 71%
dos entrevistados acreditam que a economia só se recuperará depois de 2021 e
15% dizem que a economia não se recuperará.
Além disso, 73% apostam no crescimento da inflação e do custo de vida (contra
80%) e 72% afirma acreditar no aumento da taxa de juros (contra 76% em março).
Quanto ao crédito, o maior contingente de pessoas
(36%) acredita que haverá um aumento no acesso a esses recursos, enquanto 26%
afirmam que esse acesso vai diminuir e outros 33% dizem que ficará igual –em
março, esses percentuais eram 30%, 35% e 29%, respectivamente.
A maioria dos entrevistados (48%) também afirma que
o poder de compra das pessoas deve diminuir
ao longo dos próximos seis meses –contra 64% na pesquisa anterior.
Ainda sobre o futuro, cerca de um terço dos
brasileiros (32%) deseja investir seus recursos extras na poupança, ou em outro
tipo de investimento bancário (34%).
Na amostra anterior, esses percentuais
eram de 31% e 27%, respectivamente.
FEBRABAN