Presidente argentino causa revolta ao dizer que
"brasileiros saíram da selva" e argentinos "chegaram da
Europa".
Anvisa autoriza Butantan a testar a Butanvac em humanos. TCU
afasta auditor ligado a nota que questiona mortes por Covid.
Na CPI, Elcio Franco
tenta justificar demora para compra de vacinas, e senadores falam em
"negligência".
- Ofensa do presidente da Argentina
O presidente da Argentina, Alberto
Fernández, causou indignação em mexicanos e
brasileiros ao fazer um comentário durante um evento em Buenos
Aires.
"Os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros saíram da selva,
mas nós, os argentinos, chegamos de barcos.
E eram barcos que vieram de lá, da
Europa", disse. Ele falou que era uma citação da obra do escritor
Octavio Paz, ganhador Nobel de Literatura.
Só que não. Na verdade, trata-se de
um trecho de música. Após a repercussão negativa, Fernández pediu
desculpas.
A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu
autorização para testes em humanos da Butanvac , candidata a
vacina contra a Covid desenvolvida pelo Instituto Butantan.
Foram liberados
estudos da fase clínica 1 e 2, com previsão de 6 mil voluntários com 18 anos ou
mais.
O imunizante será aplicado com duas doses, com intervalo de 28 dias entre
a primeira e a segunda.
A Butanvac está em produção desde abril e não depende
de matéria-prima importada.
A expectativa é de 18 milhões de doses prontas ainda
em junho, e mais 40 milhões até o fim do ano.
- Depoimento de Elcio Franco
Em
depoimento de mais de oito horas à CPI da Covid, o ex-secretário-executivo do
Ministério da Saúde Elcio Franco tentou justificar a demora na
compra de vacinas pelo governo.
Coronel da reserva e
braço-direito do ex-ministro Eduardo Pazuello, ele esteve na pasta até março
deste ano e era o principal negociador com os laboratórios fabricantes de
imunizantes contra o coronavírus.
Os argumentos de Franco, no entanto, não
foram bem recebidos pelos senadores da comissão, que falaram em "negligência".
O "momento tensão" ficou por conta de Marcos Rogério e Otto Alencar,
que se chamaram mutuamente de "covarde" – e tiveram os microfones
provisoriamente silenciados.
O Tribunal
de Contas da União (TCU) afastou o
auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, apontado como
responsável pela elaboração de um relatório falso que questiona o número de
mortes por Covid-19 no Brasil.
Também foi determinada a abertura de processo
administrativo disciplinar.
O documento produzido por Silva Marques foi
usado por Bolsonaro para questionar dados sobre óbitos causados pela doença. Na
segunda, o TCU já havia desmentido o presidente.
G1