O mundo adicionou 50% a mais de capacidade na geração de energia
limpa no ano passado em relação a 2022. Foram 510 gigawatts
(GW), o equivalente a mais de 36 novas usinas de Itaipu.
Desse total somado, a energia solar fotovoltaica foi a
principal fonte, respondendo por três quartos das adições em todo o mundo.
A corrida de investimentos por energia limpa se insere no acordo
firmado na COP28 (28ª Conferência da ONU sobre
Mudanças Climáticas), por mais de 190 países, para que o mundo triplique a
energia renovável e dobre a eficiência energética até 2030.
As maiores apostas são nas fontes solar e eólica —as mais
promissoras no Brasil—, que serão responsáveis por 95% da expansão global nos
próximos anos.
- A energia solar deve ser responsável por 55%
do investimento total nos próximos anos, prevê a S&P;
- A eólica onshore (em terra) vem em seguida;
- No fim deste ano, as duas estarão gerando mais
eletricidade do que as hidrelétricas.
Outras fontes também têm crescido. É o caso da energia produzida a partir do
hidrogênio verde (entenda aqui como funciona) e da energia nuclear,
que também é considerada limpa.
Em números:
- 3.700 GW adicionais (264 usinas de Itaipu) devem ser
gerados pelo boom de investimentos em energia limpa até 2030, triplicando
a capacidade de geração em 130 países.
- US$ 800 bilhões devem ser investidos neste ano, ante
os US$ 640 bilhões de 2023. Em 2030, os aportes globais
devem atingir US$ 1 trilhão.
E aqui? O país já tem a maior parcela de sua geração a partir de energia limpa.
A matriz brasileira é dominada pelas hidrelétricas (48,8%). Na
sequência, vêm as fontes solar (16,5%) e eólica (12,7%), para só
depois aparecer o gás natural (8,1%).