SEGURADORAS


Seguradoras podem enfrentar sinistro de US$ 1 bilhão por apagão global.

Interrupção nos sistemas de sexta-feira (19) é visto como o evento mais significativo do seguro cibernético desde 2017

A indústria de seguros está preparada para sinistros que podem chegar a bilhões de dólares após o apagão cibernético global de sexta-feira (19) expor as vulnerabilidades de uma economia global baseada em poucas plataformas de software.

Setores que vão de companhias aéreas a varejistas foram lançadas ao caos na semana passada após uma atualização defeituosa da empresa de segurança CrowdStrike desencadear um dos maiores apagões de TI já vistos, afetando mais de 8 milhões de dispositivos Windows.

Especialistas em cibersegurança disseram que o apagão foi um lembrete doloroso da natureza sistêmica do risco cibernético e mostra como uma atualização de software inofensiva pode causar tantos problemas quanto um ataque cibernético malicioso.

A Aon, uma das maiores corretoras de seguros do mundo, disse que o incidente provavelmente se tornará "o sinistro cibernético mais importante" desde os ataques de malware NotPetya de 2017 e destacou a "natureza interconectada dos ecossistemas de software".

Algumas seguradoras sugeriram que é cedo demais para estimar o sinistro que virá, tanto de apólices de seguro cibernético típicas —que frequentemente cobrem interrupções comerciais não maliciosas ou paralisações de sistemas— quanto de outras áreas, como reivindicações de responsabilidade.

Mas outras estimaram os números do custo provável. Derek Kilmer, corretor da Burns & Wilcox, disse que esperava uma perda acima de US$ 1 bilhão, e "pode ser muito maior".



FOLHA DE SÃO PAULO
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