Treinar
profissional para a inovação é chave nesse processo, diz presidente de
entidade.
Novas tecnologias para o setor de seguros
permitirão que mais pessoas tenham acesso a uma maior variedade de produtos. Assim,
incorporar processos que incluam dispositivos e plataformas modernos é
essencial para que empresas e corretores possam sobreviver a essa nova
revolução tecnológica.
Treinar
o corretor para a inovação é chave nesse processo, segundo Boris Ber, presidente
do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo).
“Está
na hora de, junto com a tecnologia digital, quebrar paradigmas para evoluir.
Não vai adiantar ter novidades se estivermos presos a modelos antigos. Ou
mudamos ou estamos mortos”, afirmou Ber, durante o seminário Seguros,
Previdência e Inovação, promovido pela Folha, com apoio da CNseg
(Confederação Nacional das Seguradoras).
A
inovação nas modalidades de seguro pode conseguir atrair novos perfis de
clientes, como jovens e as classes C e D, prevêm Maria da Glória Faria,
presidente do grupo de trabalho de novas tecnologias da Aida (Associação
Internacional de Direito do Seguro).
“As
pesquisas mostram que pessoas entre 20 e 30 anos estão perdendo o interesse em
ter carro. A aquisição de propriedade está tomando um outro contorno.”
A
tecnologia também serve para prevenir irregularidades e desperdícios. Redes sociais,
GPS e análise de dados do usuário podem ser ferramentas para evitar fraudes. Porém, os mesmos dados do cliente
devem ser protegidos.
Vazamentos de informações pessoais são punidos com
cada vez mais rigor. Em maio deste ano, a GDPR (Regulamento Geral sobre a
Proteção de Dados) entrou em vigor na União Europeia, provocando mudanças nos países
que fazem negócios com a região.
A
legislação prevê, por exemplo, que pedidos para exclusão de informações
pessoais devam ser atendidos.
A
relação dos brasileiros com as normas de privacidade de dados ainda precisa
avançar para atender às demandas mais recentes nessa área.
“Uma
concessionária de aeroportos, por exemplo, criou um sistema de acesso à
internet em que o usuário era logado pelo Facebook. Assim, os europeus que
chegam ao Brasil acabam deixando seus dados ali.
Agora,
a empresa tem de ter uma estrutura de tecnologia para cuidar da segurança
desses dados”, afirmou Pedro Guilherme de Souza, sócio da SABZ Advogados.
Na
vanguarda da inovação, estão as insurtechs, empresas de tecnologia para o
mercado de seguros, que produzem aplicativos e dispositivos para otimizar
processos.
Entre
dezembro de 2017 e junho deste ano, o número dessas startups passou de 40 para
78, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico
FOLHA DE SÃO PAULO