Os jovens brasileiros
acreditam que vão sofrer o impacto da transformação da indústria chamada de 4.0
em seus empregos. Boa parte vê isso no âmbito da própria carreira com bons
olhos, imaginando que após a automação ou digitalização dos processos seu
trabalho pode ficar mais criativo e com foco no que realmente interessa. Ao
mesmo tempo, eles estão cientes de que o crescimento do uso de novas tecnologias
terá uma grande impacto social, que vai exigir uma readequação da força de
trabalho.
E, para eles, a
responsabilidade por essa preparação dos profissionais deve ser das empresas,
muito mais do que das universidades ou do governo.
Esses dados fazem
parte de um estudo realizado pela consultoria Deloitte ("The 2018 Deloitte
Millenial Survey"), que ouviu 10.455 jovens, de 36 países, sendo 307 no
Brasil. Todos nascidos entre 1983 e 1994. "O estudo mostra que eles estão
ansiosos para trabalhar em empresas que demonstrem preocupação com a sociedade,
inclusive durante essa transformação para a indústria 4.0", diz Othon
Almeida, sócio líder de talento & cultura no Brasil.
No levantamento, 61%
dos brasileiros disseram achar importante que aqueles que estão no comando dos
negócios estejam comprometidos em melhorar a sociedade. Globalmente, esse
percentual foi de 63% para as mulheres e de 58% para os homens. Apenas metade
de todos os entrevistados globalmente acredita que os líderes de negócios estão
tendo um impacto positivo na sociedade. Para 69% dos homens, os líderes de ONGs
são mais efetivos nesse impacto positivo, enquanto 81% das mulheres acham o
mesmo.
No geral, os brasileiros
parecem otimistas. Para 65%, a sua situação financeira deve ficar melhor do que
a de seus pais e 51% acreditam que também serão mais felizes.
Na hora de escolher
um empregador, os brasileiros (68%) olham primeiro para a recompensa financeira
e os benefícios, o que aparece como mais importante para 74% dos homens e 61%
das mulheres. Outro aspecto valorizado por 55% dos respondentes é a
oportunidade de aprendizado contínuo.
VALOR ECONÔMICO