LUCRO DO ITAÚ


Lucro do Itaú cai pela metade no 2º tri com novo aumento de reserva contra calote.

Maior banco privado do país ganha R$ 3,4 bilhões no período e aponta melhora na economia.

O lucro do Itaú Unibanco caiu pela metade (49,8%) no segundo trimestre deste ano, para R$ 3,4 bilhões, quando comparado com igual período de 2019. 

O tombo veio um pouco acima do registrado pelos concorrentes: Santander e Bradesco tiveram quedas de 41,2% e 40,1%, respectivamente.

O resultado reflete mais uma rodada de reservas feitas pelo Itaú para cobrir possíveis calotes decorrentes da crise causada pela pandemia do novo coronavírus: no trimestre de abril a junho o banco reservou R$ 7,6 bilhões para eventual inadimplência, quase o dobro do que havia separado um ano antes.

Há um arrefecimento na comparação com o primeiro trimestre, quando a despesa contra calotes havia superado os R$ 10 bilhões.

Além do aumento de provisões, o Itaú apontou em sua divulgação de resultados que ganhou menos dinheiro com empréstimos que fez, concedeu mais descontos e renegociou contratos —inclusive parte dos que estavam em dia. 

O resultado disso se reflete no lucro menor.

A renegociação e postergação de dívidas foi anunciada pelos grandes bancos no fim de março, como uma das iniciativas para ajudar a mitigar os danos econômicos causados pela pandemia. No início do programa, porém, clientes reclamaram das dificuldades de diálogo com as instituições financeiras.

Outra sinalização de que os bancos foram pressionados pelos clientes está nas receitas com tarifas bancárias: quando comparado com o primeiro trimestre deste ano, há uma queda de 6%, para R$ 1,8 bilhão. 

Na comparação com igual período de 2019, há estabilidade.

O lucro do Itaú também foi reduzido pela doação de R$ 1 bilhão para o "Todos pela Saúde", iniciativa de auxílio ao combate à pandemia. 

Do montante, R$ 834 milhões foram deduzidos do resultado trimestral.




FOLHA DE SÃO PAULO
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