O
conselho deliberativo da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do
Brasil, aprovou na tarde desta sexta-feira a venda de sua participação de 29,4%
na CPFL, distribuidora de energia do interior de São Paulo. Segundo o fundo de
pensão, o negócio representará ao todo uma entrada de R$ 7,5 bilhões no caixa
da Previ.
De acordo
com comunicado do fundo, a venda levará a um ganho de R$ 2,9 bilhões em relação
ao valor que a participação que havia sido registrado no balanço de 2015 da
Previ, “contribuindo para redução do déficit apurado naquele período”.
O déficit
da Previ em 2015 foi de R$ 13,9 bilhões, o que obrigaria o fundo a promover um
equacionamento (exigência de contribuições extras de aposentados e ativos para
tapar o rombo) de R$ 2,9 bilhões no seu principal plano (o Previ 1).
No início
do mês, a chinesa State Grid, maior companhia elétrica do mundo, havia obtido
acordo para comprar a participação de 23,6% da Camargo Correa na CPFL por R$
5,9 bilhões. Por causa de uma cláusula (chamada de “tag along“) do
acordo de acionistas, a State Grid teve que estender a mesma oferta para os
demais sócios, entre eles a Previ.
“Com o
exercício do tag along pela Previ, será caracterizada a troca de
controle da CPFL Energia, obrigando a State Grid a realizar Oferta Pública de
Aquisição (OPA) da totalidade das ações emitidas pela CPFL Energia em poder dos
acionistas minoritários, nas mesmas condições ofertadas à Camargo Corrêa”,
escreveu a Previ em comunicado ao mercado.
Segundo o texto, o conselho deliberativo da Previ
também aprovou a venda das ações da CPFL que pertencem ao fundo de pensão mas
não estão vinculadas ao acordo de acionistas
Extra