"Em
pleno processo de organização e mobilização contra a reforma da Previdência
proposta por Michel Temer, a Assembleia Legislativa Estadual deu um golpe no
servidor e aprovou projeto de lei encaminhado pelo governador Rui Costa (PT),
na terça-feira (14), que institui a adesão automática dos funcionários públicos
estaduais ao Regime de Previdência Complementar através da Fundação de
Previdência Complementar dos Servidores Públicos do Estado da Bahia,
(PrevBahia), desde o momento da entrada em exercício no cargo”.
Segundo o
vereador psolista, esta medida provocará diferenças 'abismais' de contribuição
salarial. “As tais previdências complementares se utilizam da fórmula de
capitalização dos recursos. Quem contribui muito, terá aposentadoria
maior. Quem contribui menos, seja pelo menor salário ou pela ocorrência de
doença ou outra situação que atinja a capacidade de contribui, receberá menos”,
avalia.
Pelo novo
texto, o servidor pode solicitar o cancelamento da inscrição no PrevBahia a
qualquer momento. Caso aconteça em um prazo de 90 dias – a contar da data de
inscrição -, o valor recolhido será restituído ao servidor em até 60 dias.
O regime
previdenciário complementar foi imposto aos servidores no Brasil pelas Emendas
Constitucionais números 20/98 e 41/03, de Fernando Henrique Cardo e Luiz Inácio
Lula da Silva.
A partir
da instituição da Previdência Complementar, os funcionários públicos tiveram
seus benefícios (aposentadorias, auxílios, pensões, etc.) limitados ao teto do
INSS (que é de R$ 5.531,31, em 2017), precisando contribuir para a Previdência
Complementar a fim de manter a renda que recebiam quando na ativa.
Hilton Coelho acredita que o funcionalismo público
estadual deverá se mobilizar para derrotar e revogar o PrevBahia ."Essa
proposta trata a previdência social como uma mercadoria", enfatiza o
vereador.
Tribuna da Bahia