FRANÇA


França tem 4º dia de greve contra nova Previdência, e Macron se reúne com ministros

A França segue parcialmente paralisada pelo quarto dia consecutivo, enquanto os sindicatos mantêm a greve devido à reforma da Previdência proposta pelo governo de Emmanuel Macron.

Neste domingo (8), o sistema nacional de trens (SNCF) e o metrô de Paris (RATP) não estavam funcionando. 

Apresentações na instituição cultural Comédia Francesa e na Ópera de Paris deste fim de semana foram canceladas, e salas do Louvre ficaram fechadas.

O objetivo, segundo o secretário-geral do sindicato CGT, Philippe Martinez, é manter a paralisação até a retirada completa da proposta. 

Desde quinta-feira (5), quando foram registrados protestos e greve em cerca de cem cidades, os franceses enfrentam paralisações parciais de serviços.

 No primeiro dia, segundo o governo, ao menos 800 mil pessoas foram às ruas. Os sindicatos falam em 1,5 milhão de manifestantes.

Para tentar resolver a crise, o presidente do país irá se reunir com vários de seus ministros na tarde deste domingo. 

No entanto, o premiê, Edouard Philippe, não deu sinais de recuo, em entrevista também publicada pelo Journal du Dimanche.

ENTENDA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA NA FRANÇA

Um fundo para todos

Os 42 fundos de pensão administrados de forma independente serão fundidos em um único, com regras iguais para todos. 

Atualmente, se uma pessoa contribui para mais de um fundo, ela recebe mais de uma pensão. Sob a proposta, isso não será possível.

Fim de regimes especiais 

O projeto acaba com regimes especiais de ferroviários, militares e bailarinos da Ópera de Paris, por exemplo. Esses funcionários públicos conseguem se aposentar antes do 60 anos e recebem pensões maiores.

Sistema de pontuação 

A ideia é adotar um sistema de pontuação no qual cada 10 euros contribuídos equivalem a 1 ponto. Serão concedidos pontos bônus em casos excepcionais, como licença maternidade.

Pela nova proposta, quanto mais anos um trabalhador ficar no mercado, mais pontos ele acumula, e maior será sua pensão. 

Quem trabalhar até os 64 anos, independentemente dos pontos obtidos, terá pensão mínima de mil euros.

Quem trabalhar além dessa idade pontua mais: aos 65, ganhará 5% a mais de pontos por ano; aos 66, mais 10%, e assim por diante.

66% dos franceses se aposentam com a idade mínima de 62 anos

18% da força de trabalho se aposenta pelo regime especial, que tem pensões um pouco maiores que a média

Fonte Conselho de Orientação para Pensões

 



FOLHA DE SÃO PAULO
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