A
seguradora Mongeral Aegon criou o que chama de "conselho
de notáveis" para pensar "fora da caixa".
Marco
Antônio Gonçalves, vice-presidente do conselho consultivo da seguradora explica
que como acontece em muitos mercados, a área de seguro está passando por
rupturas provocadas sobretudo por mudanças tecnológicas. Criado pelo sócio
Nilton Molina, de 83 anos, o objetivo do conselho é encontrar caminhos para a
existência do negócio no longo prazo.
Entre seus membros,
estão o economista Hélio Zylberstajn, o decano do Centro de Ciências Sociais na
PUC-Rio Luís Roberto Cunha e o deputado constituinte Paulo Delgado, além do
próprio Gonçalves, que foi diretor-geral da Bradesco Seguros. “Temos pessoas
experientes, de diversas áreas e de fora da operação, pensando as atividades da
companhia na próxima década”, diz Gonçalves.
Especializada em
vida e previdência, a Mongeral vê alguns desafios no horizonte. Com as
discussões da reforma da Previdência, há um grande campo para a empresa que
atender às necessidades de uma geração de trabalhadores afetada pela mudança.
“Seja qual for a reforma, haverá demanda para complementar a previdência
pública”, diz.
“A empresa que quer
inovar tem de estar disposta a errar”, diz Davi Kallás, coordenador do centro
de negócios do Insper. Para ele, um conselho do tipo corre o risco de perder o
foco ou não conseguir implantar ideias. “Mas entre isso e a certeza de que, não
se mexer, a empresa se sustentará em guerra de preços, vale a pena arriscar.”
O ESTADO DE SÃO PAULO