A Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) deve pautar para o segundo semestre a audiência
pública que vai revisar as regras dos fundos de investimentos em direitos
creditórios (FIDC). Segundo Bruno Gomes, gerente responsável por produtos
estruturados da autarquia, a intenção é simplificar algumas exigências,
principalmente de custodiantes e administradores, já que agora entraram nesse
jogo as registradoras eletrônicas.
"Temos que
reconhecer que entrou um novo participante no mercado e que parte do que se
atribui hoje ao custodiante pode ser desempenhado pela entidade
registradora", disse. a. Com as alterações previstas, o técnico da
CVM disse esperar que bancos que se afastaram desse tipo de prestação de
serviço voltem a atuar.
Outra mudança
prevista é trazer o mundo dos fundos de recebíveis para o público de varejo,
desde que as ofertas apresentem certos requisitos como exigência de
rating.
O setor de fundos
de recebíveis fechou 2018 com 187 novas operações e um patrimônio de R$ 130
bilhões. Mas o tamanho no Brasil ainda é pequeno quando comparado à própria
indústria de fundos, com R$ 4,7 trilhões, ou aos volumes do mercado global,
disse Ricardo Mizukawa, da Bradesco Asset Management (Bram).
VALOR ECONÔMICO