A Petros planeja leiloar 10 imóveis de sua
carteira, ao mesmo tempo em que começa a olhar, “ainda que de forma tímida”,
para alocações no exterior, segundo Daniel Lima, Diretor de Investimentos, que
admitiu a importância dada na atual política de investimentos à busca por
liquidez, especialmente no caso do principal plano. Nessa linha de pensamento,
imóveis e participações deverão perder um pouco de seu peso atual, mas sem
pressa, uma vez que o próprio Lima reconhece que a queda nos juros pagos pode
tornar o mercado imobiliário mais interessante.
“Somos investidores financeiros. O que buscamos é
rentabilizar a carteira. Não adianta termos uma carteira muito grande, que gera
um custo operacional desproporcional”, afirma Lima. No entendimento dele,
melhor é possuir um portfólio flexível e aproveitar as distorções de preços que
surgem, aumentando posições em ativos que estão mais baratos e liquidando
outros. Em 2017 a entidade vendeu fatias que possuía em algumas empresas e com
o dinheiro investiu em renda fixa, segmento onde busca gestão ativa e diversificação.
Além de crédito privado e multimercados, a Petros também vai dar mais atenção
aos investimentos no exterior, onde em um primeiro momento poderá colocar até
1% dos recursos do principal plano.
Lima acredita que o mercado secundário de crédito privado
tende a se desenvolver com os juros mais baixos, ainda que haja um problema
para os fundos de pensão, uma vez que os recursos que administram são
desproporcionais ao tamanho das emissões. A fundação também aposta nos
multimercados estruturados e prepara o processo de seleção de gestores para
esses ativos. Já os investimentos estruturados continuam vedados, devendo cair
dos atuais 3% para 1%. A entidade está cobrando de gestores de FIPs estratégias
de saída do investimento.
Por
outro lado, até o final de janeiro o Conselho Deliberativo da Petros deverá se
pronunciar sobre a proposta de redução da meta atuarial, seguindo o exemplo da
Funcef e Valia.
Valor