A equipe
econômica do governo descarta socorrer a Caixa Econômica Federal com recursos
do FGTS após o afastamento de quatro vice-presidentes por suspeita
de corrupção. A avaliação é de que ficará muito difícil sustentar uma ajuda
bilionária ao banco estatal com dinheiro dos trabalhadores.
O afastamento de
quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal por suspeita de corrupção e
irregularidades pode inviabilizar o socorro de R$ 15 bilhões ao
banco estatal com recursos do FGTS. Fontes do Ministério da Fazenda garantem
que a operação não vai sair. A equipe econômica terá de enfrentar, no entanto,
a pressão da ala política do governo, que defende o uso do dinheiro dos
trabalhadores para que o banco reforce a concessão de crédito em ano eleitoral.
Se a medida for adiante, é esperada uma crise no governo.
A operação já sofria
resistência da Fazenda, mas a crise de gestão se agravou com os desdobramentos
da investigação que acusa os executivos de banco de suspeita de corrupção. Na
terça-feira, o presidente Michel Temer se viu obrigado a afastar os vice-presidentes,
seguindo recomendação do Ministério Público Federal e do Banco Central.
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