A cerca de 16 meses da entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de
Dados, empresas começam a investir em tecnologia e treinamento para se adaptar
às novas regras.
O Serasa Experian aportará cerca de R$ 7 milhões para adequar softwares
e processos internos. A companhia já segue a lei europeia sobre o tema, segundo
o CEO José Luiz Rossi.
“As legislações
são bastante parecidas, salvo algumas nuances. Por isso, já estamos
praticamente prontos”.
O SPC Brasil
também tem feito adaptações nos últimos meses. “Começamos a treinar nossas
equipes já antecipando a sanção da lei”, afirma o superintendente de novos
negócios Magno Lima.
A regulação é
também oportunidade de negócio para o birô, que investirá R$ 20 milhões em uma
plataforma de processamento de dados para auxiliar a adaptação de micro e
pequenas empresas.
Essas companhias
não conseguem fazer grandes investimentos em tecnologia e não têm capacidade
técnica nessa área, afirma Lima
Subsidiárias de
multinacionais e empresas brasileiras que compartilham
dados com unidades na União Europeia são as mais preparadas, afirma
Ricardo Barretto Ferreira, do escritório Azevedo Sette.
“As normas são as
mesmas para todos, independentemente de atividade ou porte. Mas ainda falta
regulamentação para detalhar as exigências”, diz.
O veto
presidencial à criação de uma autoridade fiscalizadora é problemático para João
Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI
(Confederação Nacional da Indústria).
”Ela teria um
papel importante de disseminação de boas práticas durante a adaptação”.
FOLHA DE SÃO PAULO