Paulo
Rabello de Castro, presidente do BNDES e proprietário da SR Rating, disse ontem
que a agência “cumpriu rigorosamente” seu papel ao fazer as suas avaliações em
investimentos que resultaram em prejuízo de R$ 109 milhões ao Postalis. Afirmou
que a fundação abriu mão das garantias ao aceitar a troca de imóveis concedidos
inicialmente por uma hipoteca e perdoar o devedor de penalidades previstas em
contratos. Afirmou possuir documentos que comprovam isso.
Esclareceu
que, na classificação global utilizada pela SR Rating, a nota dada ao
investimento feito pelo Postalis é equivalente a BB+, abaixo do grau de
investimento e significando “risco mediano”. A agência, além disso, considerou
que as debêntures eram garantidas por imóveis da Mudar Investimentos
Imobiliários. Em novembro de 2012, porém, o fundo de pensão teria feito uma
repactuação do contrato, aceitando trocar esses imóveis por uma segunda
hipoteca de um outro empreendimento, ampliando com isso o risco de calote. Dois
meses antes, segundo Rabello, a agência já havia rebaixado a nota dos títulos,
que daria ao Postalis o direito de pedir o pagamento antecipado da dívida.
Apesar disso, a fundação concedeu o “waiver” (perdão) dessa cláusula no momento
da repactuação.
O Globo