Belo
Horizonte é a capital do
país com maior frequência de diagnósticos de depressão entre mulheres.
Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico 2021, do Ministério da
Saúde, 23% das
entrevistadas relataram diagnóstico da doença na cidade.
Em segundo lugar no ranking, vem Campo Grande (21,3%).
Na outra ponta, está Belém, com diagnóstico de
depressão relatado por 8% das
mulheres (veja
ranking ao final da reportagem).
Entre os homens, a proporção
de diagnosticados com depressão é bem menor em BH: 10,1%.
A capital com o maior índice é Porto Alegre (15,7%).
No conjunto das 27 capitais, a frequência do diagnóstico médico de depressão
foi de 11,3% em
2021, sendo maior entre
as mulheres (14,7%) do que
entre os homens (7,3%).
Esta é a primeira vez que a pesquisa levanta dados sobre a doença.
Autocobrança e
pandemia
Segundo a psiquiatra Christiane
Ribeiro, da Comissão de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental da Mulher da
Associação Brasileira de Psiquiatria, a cobrança da sociedade, a
autocobrança e a busca por padrões de beleza são maiores para as mulheres.
De acordo com ela: a pandemia também influenciou no aumento dos diagnósticos de depressão
entre as mulheres.
Além da sobrecarga de trabalho, que aumentou com
o fechamento de creches e escolas, o isolamento, o aumento dos índices de
violência doméstica e o próprio adoecimento pela Covid-19 contribuíram para a
maior incidência da doença.
G1