O Índice Geral do Mercado
Imobiliário – Comercial (IGMI-C), criado sob a inspiração da Abrapp e suas
associadas e operado desde o início pelo Instituto Brasileiro de Economia
da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), traz duas leituras possíveis em seus
números relativos ao segundo trimestre deste ano: de um lado, mostra
estabilidade, o que significa que ao menos a situação deixou de piorar no
geral, mas de outro revela piora num aspecto importante, uma vez que o indicador
registra queda nos preços, algo que impacta no patrimônio dos investidores,
entre os quais fundos de pensão.
Paulo Picchetti,
Coordenador da pesquisa, nota que o mercado se comporta em grande parte a
reboque da economia. A recuperação só virá efetivamente com a retomada do
crescimento econômico e este não apenas é incerto como pode demorar a
acontecer.
O IGMI-C apresentou no
segundo trimestre de 2016 variação total de 2,21%, resultado que correspondeu
a soma das taxas de retorno do capital (-0,01%) e da renda (2,22%)
com aluguéis.
O resultado foi assim,
pode-se dizer, igual ao do primeiro trimestre, mas é a primeira vez que se
verifica uma queda na taxa de retorno do capital.
Já as taxas anualizadas de
retorno da renda, capital e total foram de, respectivamente, 8,76%, 0,62% e
9,42%.
A pesquisa dessa vez incluiu 529 imóveis
comerciais como hotéis, galpões industriais, escritórios e lojas em
shoppings centers, sendo que especialmente estas últimas foram afetadas pelas
dificuldades sentidas na economia.
Diário dos Fundos de Pensão