Mercado
avalia se há sinais de bolha na Bolsa brasileira.
Tema foi levantado por Luis
Stuhlberger, presidente da gestora Verde, tema que apresentamos na Edição LaM
de ontem.
Agentes
do mercado começam a discutir os impactos da rápida corrida de investidores
pessoas físicas à Bolsa de Valores.
Em
2019, com a queda da Selic (taxa básica de juros) à mínima histórica
de 4,5% ao ano, o número de brasileiros que investem em ações foi de
813 mil para 1,7 milhão.
Segundo
Luis Stuhlberger, presidente da Verde Asset Management, o
juro baixo tem pressionado a Bolsa ante a maior demanda por ativos
mais rentáveis.
A
afirmativa de Stuhlberger levantou uma discussão entre os especialistas em
torno do risco de uma rápida valorização da Bolsa sustentada pela entrada do
pequeno investidor —que entra no mercado acionário em busca de maiores
retornos, mas acaba desconsiderando os riscos atrelados aos papéis.
“Os
brasileiros não têm educação financeira para colocar dinheiro em investimento
que pode gerar perdas. Temos que tomar cuidado para isso não virar uma
hecatombe no futuro”, diz Juliana Inhasz, professora do Insper.
Para
a especialista, o movimento da Bolsa não reflete a recuperação da economia. “A
Bolsa queimou a largada com o ímpeto de investidores de tentar achar a nova
galinha dos ovos de ouro.
A economia real não cresceu nada, temos um caminho
muito longo a percorrer. Por enquanto, é apenas perspectiva”, diz.
Nem
todos, porém, acham que há uma bolha.
Avalia-se risco de perda de capital se
houver uma saída grande de investidores, mas não uma bolha em si.
FOLHA DE SÃO PAULO