Bolsa cai e dólar volta a fechar acima de R$ 5 com
ruído político na CPI da Covid.
Mudanças nas
carteiras para o segundo semestre também pesam sobre ativos.
O mercado brasileiro foi na contramão dos
seus pares nos Estados Unidos e na Europa nesta quinta-feira (1º) e o real foi
a moeda que mais se desvalorizou no mundo ante o dólar no pregão, segundo dados da
Bloomberg.
A moeda americana
subiu 1,46% ante a brasileira, a R$ 5,0450, maior valor desde 18 de junho. Na
máxima da sessão, foi a R$ 5,0520. O dólar turismo está a R$ 5,20.
É a primeira vez
desde 21 de junho (R$ 5,02) que o dólar termina a sessão acima da linha dos R$
5.
O Ibovespa cedeu
0,89%, a 125.666,19 pontos, menor patamar desde 28 de maio .
Segundo analistas,
investidores repercutem os novos desdobramentos da CPI da Covid enquanto
fazem mudanças nas carteiras para o segundo semestre do ano.
O dólar também se
fortaleceu no exterior nesta quinta. Investidores aguardam dados de emprego de
junho nos Estados Unidos a serem divulgados na sexta (2) e esperam abertura
líquida de 700 mil vagas, uma aceleração ante as 559 mil de maio.
A dúvida do mercado
é em que medida os números podem levar o Fed (banco central dos EUA) a
antecipar o debate sobre redução de estímulos.
Menos estímulos nos EUA
significam menos liquidez, que deixa então de fluir para mercados emergentes
como o Brasil.
Nos Estados Unidos,
o S&P 500 subiu 0,52%. Dow Jones teve alta de 0,38% e Nasdaq, de 0,13%.
O índice Stoxx 600,
que reúne as maiores empresas da Europa, subiu 0,62%.
FOLHA DE SÃO PAULO