STF


Forma maioria contra revisão da vida toda do INSS, mas segurado não terá de devolver valores.

  • Processo está sendo julgado no plenário virtual da corte; ação anterior já havia derrubado a tese
  • Governo alegou que prejuízo com revisão seria em torno de R$ 480 bilhões

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria contra a revisão da vida toda do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mas os segurados não vão precisar devolver o valor que receberam após vencer ação na Justiça sobre o tema.

Os beneficiários também não terão de pagar custas processuais, honorários de sucumbência ao governo nem valores de perícias judiciais até 5 de abril de 2024, data em que foi publicada a ata do julgamento que derrubou a correção

O caso está sendo julgado no plenário virtual da corte, com previsão de encerramento às 23h59 de terça-feira (25). Até agora, seis ministros seguiram o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, votando contra a revisão e pela não devolução dos valores: Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso —que se aposentou—, Cármen Lúcia e Kassio Nunes Marques. São a favor da revisão os ministros André Mendonça e Rosa Weber. Rosa votou antes de se aposentar.

A revisão da vida toda é uma ação judicial na qual os aposentados do INSS pedem para que sejam incluídas na conta da aposentadoria contribuições feitas em outras moedas, antes do Plano Real.

A decisão que for tomada valerá para todos os processos do tipo no país. Os segurados não precisarão devolver os valores, mas a aposentadoria ou pensão será reduzida.

A ação em julgamento é o recurso extraordinário 1.276.977, que trata diretamente sobre a correção. A tese da revisão já havia sido derrubada pelo Supremo em julgamento em 2024.

O voto que formou maioria foi do ministro Nunes Marques. Ele já havia se mostrado contra a revisão desde 2022, e chegou a fazer uma manobra para que a aprovação não ocorresse no plenário virtual. A correção já havia sido aprovada, mas faltando minutos para o fim do julgamento, ele pediu destaque e levou o caso ao plenário físico.



FOLHA DE SÃO PAULO
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