PEC paralela pode limitar plano para que estados
ajustem Previdência.
Alteração
em texto restringe punição a entes que descumprirem regras para equilibrar
aposentadorias.
O
plano do governo para forçar estados e municípios a ajustar as contas com
Previdência pode ficar limitado.
A reforma da Previdência, já aprovada pelo
Congresso, prevê sanções caso sejam descumpridas regras que visem equilíbrio
financeiro dos regimes de aposentadorias de servidores estaduais e municipais.
No
entanto, uma alteração feita pelo relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), na proposta de
complementação da reforma restringe essas punições. Isso foi incluído na
chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) paralela,
que reúne mudanças na reforma da Previdência defendidas pelo Senado.
O
governo quer ter o poder de suspender transferências voluntárias de recursos e
barrar a concessão de garantias a empréstimos e de financiamentos via bancos
públicos a estados e municípios que desobedecerem a normas para ajuste nas
despesas com aposentadorias e pensões.
O
Congresso deu essa autorização ao governo quando aprovou a PEC da reforma da
Previdência, cuja tramitação foi concluída em outubro. Muitos parlamentares não
perceberam esse trecho quando aprovaram o texto.
- Previdência para
estados e municípios
- Reforma aprovada pelo
Congresso poupa servidores estaduais e municipais
- Texto permite, porém, que
governo aplique sanções a entes que não tomarem medidas de ajuste nas
contas
- Transferências voluntárias
de recursos da União e empréstimos em bancos públicos podem ser cortados
- Senado analisa uma proposta
(PEC paralela) com mudanças à reforma da Previdência
- A proposta impede a União de
aplicar punições a estados e municípios que aderirem à reforma
- Mesmo se o ente não cumprir
regras a serem estabelecidas em lei, não caberia sanção, segundo a PEC
paralela
- Governo quer criar a
LRP (Lei de Responsabilidade Previdenciária) para forçar estados e
municípios a elaborar plano para solucionar o rombo.
FOLHA DE SÃO PAULO