Guardiã do frevo, historiadora defende preservação da cultura do
Carnaval de Recife
Servidora Carmem Lélis é uma das responsáveis por
ritmo ter sido considerado Patrimônio Imaterial da Humanidade
O frevo não é apenas uma dança acrobática e
frenética com uma explosão de cores que no Carnaval invade as ruas de Recife, levando milhares
de foliões à capital pernambucana.
Ele é um ato
de resistência social, uma festa de rua e parte vital da formação cultural de
um povo.
É assim que a servidora Carmem Lélis, 68, define o ritmo que ajudou a
transformar em patrimônio do Brasil e do mundo.
Há 37 anos ela integra os quadros da Fundação de
Cultura Cidade do Recife, órgão municipal, e coordenou a elaboração do dossiê
que, em 2007, elegeu o frevo como Patrimônio Imaterial pelo Iphan
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ela contou com uma
equipe de 20 profissionais na tarefa.
Dia 9 de fevereiro é Dia do Frevo, data celebrada
em Recife e no estado.
Em 2012, o frevo recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, também
com o trabalho de Carmem e equipe.
"Em 2010, o Iphan propôs a candidatura. Nós
fomos a Paris e ao México apresentar o frevo a partir de nossa pesquisa e, dois
anos depois, conseguimos aprovação do ritmo como patrimônio mundial. Agora, ele
não pertence apenas ao Brasil."
A servidora também participa ativamente da
programação do Carnaval em Recife que conta com mais de 3.000 apresentações ao
longo da folia.
Somente na cidade, há 8.000 profissionais públicos mobilizados
na festa, de acordo com a prefeitura.
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