Café da manhã e 'pf' já não cabem no bolso do
consumidor.
Em 12 meses, custo
de alimentação sobe 17,8%, aponta a Fipe.
O custo da alimentação já não cabe mais no
bolso das famílias de baixa renda. Após as sucessivas altas dos últimos anos, os
alimentos voltam a subir fortemente em 2022.
De janeiro a abril,
o custo da alimentação teve alta de 10%.
Nos últimos 12 meses, o avanço dos
preços foi de 17,8%, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (4) pela Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
As dificuldades para os consumidores começam
logo no café da manhã.
O café em pó custa 81% a mais do que há um ano nos
supermercados.
Se a opção do consumidor for por um cafezinho
com leite, os custos são ainda maiores.
O tipo longa vida subiu 12% apenas no
mês passado e acumula 27% em 12 meses.
O peso no bolso vai
ficando ainda maior se o café da manhã incluir o pãozinho.
Condições climáticas
adversas em várias das principais regiões produtoras do mundo, além dos efeitos
da guerra entre Rússia e Ucrânia, fizeram o preço internacional do cereal subir
43%, em dólar, nos últimos 12 meses.
Essa pressão começa
a chegar ao mercado interno.
A farinha de trigo subiu 9% no mês passado, e o
pão francês, 4,2%. Nos últimos 12 meses, o pãozinho ficou 20% mais caro.
A pressão de custos
não se restringe apenas aos alimentos, mas também aos meios de preparação.
O
óleo de soja, após recordes de altas nos últimos anos, acumula evolução de 35%
de maio de 2021 ao final de abril último.
A alta da soja e as
reduções nas ofertas de óleo de girassol pela Ucrânia e de óleo de palma pela
Indonésia vão dar suporte aos preços dos óleos vegetais.
Além de todos os
custos dos alimentos, os consumidores estão pagando 35% a mais pelo gás de
cozinha.
Nos quatro primeiros meses deste ano, a alta foi de 12%, segundo a
Fipe.
FOLHA DE SÃO PAULO