MECANISMOS DE BUSCA


Verdadeira bomba em matéria de disrupção logo nos primeiros dias de 2023.  Tudo porque o ano começa com o lançamento de um chatbox ainda experimental chamado de "ChatGPT", que se mostra candidato a botar de cabeça para baixo a indústria de mecanismos de buscas, da qual o Google é hoje campeão.

É que, no lugar de apontar uma relação de links com endereços onde aquilo que a pessoa busca deverá ser encontrada, o ChatGPT promete fornecer ele mesmo as informações, fazendo isso através de frases simples e claras. 


Outra de suas supostas virtudes é  traduzir conceitos de maneira fácil de ser entendida. 

Segundo o jornal americano que veio com a novidade, o novo sistema pode até construir ideias do zero, estratégias de negócios e planos de férias. 


Por conta disso, o Google já teria aceso o alerta vermelho, de tal modo se sente ameaçado em seu reinado. 


Detalhe: o potencial é tão grande, com uma forte imersão na inteligência artificial, que o próprio Google já investe na direção desses chatbox, vistos como a nova fronteira entre os mecanismos de busca, já tendo desenvolvido o LaMDA.

Mas os chatbox têm algumas pedras no caminho, sendo a primeira delas de caráter ético, na medida em que, por poderem "pensar de forma autônoma", seriam um tipo de ameaça ao ser humano e o controle que exerce sobre a máquina. 


Além disso, teme-se a geração de informações falsas, tóxicas e preconceituosas.

Para o Google, em particular,  o lado menos bom dos chatbox é que eles não combinam com a publicidade digital, que representa nada menos de 80% da receita da empresa.

Outras empresas, como a Microsoft e a Meta já abortaram projetos nessa linha por medo de não terem controle sobre linguagem preconceituosa e obscena. 


Mas todas as grandes organizações temem que as empresas menores, sem as mesmas preocupações políticas e éticas, avancem sozinhas, deixando as big techs para trás.

Para não correrem os riscos dos chatbox e fugir da iirrelevância a que estariam provavelmente condenadas se não fizerem nada de novo, as grandes parecem dispostas a buscar meio termos, aprimorando gradualmente os mecanismos de que já dispõem e que lhes permite fornecer ao público breves sinopses no lugar de apenas redirecionar usando links para isso. 



THE NEW YORK TIMES
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