A FUNCEF
alcançou, em 2016, a melhor rentabilidade de seus investimentos em três anos,
segundo as demonstrações contábeis aprovadas pelos conselhos Fiscal e
Deliberativo em 28 de julho.
Apesar do
cenário econômico recessivo e do início da redução da taxa básica de juros, a
aplicação maior de recursos em renda fixa e o desempenho melhor do mercado de
capitais garantiram um retorno consolidado dos investimentos de R$ 3,39
bilhões, o que representa um crescimento de 120,4% em relação ao resultado do
ano anterior. A Fundação encerrou 2016 com R$ 58 bilhões em ativos.
Os
destaques positivos foram as carteiras de renda fixa (13,5%), renda variável a
mercado (22%) e de operações com participantes (15,5%). Na outra ponta ficaram
renda variável a laudo (ativos não cotados em Bolsa, entre eles Invepar e Norte
Energia) e investimentos estruturados, categoria em que se enquadram os Fundos
de Investimentos em Participações (FIPs).
A
Fundação reconheceu R$ 1,6 bilhão em perdas, sendo que 92% deste volume está
concentrado nos FIPs Florestal (Eldorado), Multiner e RG Estaleiros.
Já a
rentabilidade média dos investimentos imobiliários foi de 3,27%. A alta na
renda dos aluguéis (7%) foi afetada pela reavaliação dos ativos com base nos
preços de mercado (-3,73%).
“Vivemos
um momento de transição. A Fundação tomou uma série de medidas no sentido de
readequar a sua política de investimentos, com um mix de carteira mais adequado
à nova conjuntura econômica. Implantou um novo modelo que estabelece um rito
para as alocações de recursos, reforçando o papel do comitê de investimentos”,
explicou o presidente da Fundação, Carlos Vieira, que assumiu o cargo em
setembro de 2016.
“A FUNCEF
também reduziu os custos jurídicos em R$ 15 milhões, os contratos
administrativos em 20% e iniciou um processo, com apoio da consultoria
Accenture, que irá ajudar a desenhar o novo modelo organizacional da Fundação
com foco em eficiência e corte de custos. A FUNCEF está promovendo uma ampla
melhoria na governança”, acrescentou ele.
Dos quatro
planos de benefícios da FUNCEF, o Novo Plano apresentou o melhor desempenho.
Sua rentabilidade de 12,37% ficou muito próxima da meta atuarial de 12,58%. Os
demais planos acumularam ganhos de 9,54% (REB), 5,87% (REG/Replan Não Saldado)
e 4,67% (REG/Replan Saldado).
O deficit
consolidado de todos os planos caiu 23,2% em relação a 2015. Houve, no entanto,
um impacto significativo no REG/Replan Saldado. Nesta modalidade, o deficit
chegou a R$ 5,76 bilhões, dos quais R$ 5,43 bilhões estão sujeitos a equacionamento.
O balanço de 2016 mostra a tendência de recuperação dos investimentos da
FUNCEF. A repercussão nos planos de benefícios pode ser exemplificada pelo Novo
Plano, que concentra a maior entrada de recursos por contribuição. O primeiro
semestre deste ano consolida uma recuperação de resultados.
Funcef