Supermercados europeus param de vender carne bovina
do Brasil por relação com desmatamento.
Medida será tomada
por seis redes, de quatro países, incluindo subsidiária do Carrefour.
Seis redes
europeias de supermercados, incluindo duas de propriedade da empresa holandesa
Ahold Delhaize e uma subsidiária do Carrefour, disseram nesta quarta-feira (15)
que não venderão mais uma parte ou todos os derivados de carne bovina do Brasil
devido a laços com o desmatamento da floresta amazônica.
Os compromissos vão
do anúncio da rede de supermercados Lidl Netherlands, que se comprometeu a
parar de vender toda a carne bovina originária da América do Sul a partir de
2022, a decisões mais direcionadas de suspender a venda de certos produtos de
carne.
Muitos dos produtos
afetados são da JBS, a maior processadora de carne do
mundo.
Os boicotes são uma
reação a uma investigação da entidade Repórter
Brasil, que alegou que a JBS utilizou carne de vacas de pastos em
áreas desmatadas ilegalmente, em um esquema conhecido como "lavagem de
gado".
O esquema ocorre quando o gado criado em
um lote de terra desmatado ilegalmente é vendido a uma fazenda legítima antes da venda
para um abatedouro para ocultar sua origem.
A JBS disse à
Reuters que tem tolerância zero com o desmatamento ilegal e que descartou mais
de 14 mil fornecedores por não se adequarem às suas políticas.
A empresa disse
que o monitoramento de fornecedores indiretos —aqueles que antecedem o vendedor
final para o abatedouro— é um desafio para todo o setor, mas que a JBS
instituirá um sistema capaz de fazê-lo até 2025.
A processadora de
carne disse que o levantamento da Repórter Brasil mencionou somente cinco de 77
mil de seus fornecedores diretos e que estes fornecedores se adequavam às suas
políticas na ocasião da compra.
REUTERS