SAÚDE


Planos de saúde dizem que argumento do Procon é questão antiga.

Órgão pressiona setor para mudar sistema de preços de planos coletivos.

No embate do Procon-SP contra as operadoras de plano de saúde por causa dos preços, a Abramge (associação que reúne as empresas) diz que o órgão está tentando levantar uma questão antiga e superada.

Segundo Fernando Capez, diretor do Procon-SP, o órgão tem estudado casos de pessoas físicas que teriam sido induzidas a criar uma empresa apenas para aderir a um plano coletivo, que não se submete ao teto de reajuste regulado pela ANS.

A superintendente jurídica da Abramge, Nathália Pompeu, rebate. 

Diz que esta é uma questão antiga, que não acontece desde 2018, quando a ANS estabeleceu regras para contratação e manutenção de planos de empresários individuais.

Segundo Pompeu, a pessoa jurídica só pode contratar um plano coletivo após seis meses da criação do CNPJ, e as operadoras são obrigadas a verificar a documentação da empresa anualmente. 

Em caso de irregularidades, cabe notificação e regularização ou cancelamento.

O Procon-SP vem fazendo pressão há meses contra os reajustes aplicados pelas operadoras nos planos coletivos. 

Segundo o órgão, os aumentos são abusivos, porque a pandemia fez a sinistralidade cair no ano passado, já que muitos procedimentos eletivos foram adiados, beneficiando os números das operadoras.



FOLHA DE SÃO PAULO
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