Os maiores planos administrados pela Petros
encerraram 2017 acima da meta atuarial. O Plano Petros do Sistema Petrobras
(PPSP), da modalidade de benefício definido (BD), obteve 9,18% de rentabilidade
frente à meta atuarial de 8,97%, enquanto o Plano Petros-2 (PP-2), de
contribuição variável (CV) registrou rendimento de 10,24%, acima da meta
atuarial de 8,82%. Segundo comunicado da fundação, o resultado é decorrente de
um cenário econômico mais favorável, com desaceleração da inflação, queda de
taxas de juros e certa recuperação do mercado de ações. “Como investidores
financeiros, nosso objetivo é gerir as carteiras de tal modo que os
investimentos realizados remunerem apropriadamente pelos riscos assumidos”,
destaca o diretor de Investimentos, Daniel Lima, em nota.
Na carteira do PPSP, o destaque foi a renda
variável, que representa 22% dos recursos do PPSP e teve desempenho de 14,62%
no ano passado. Segundo a Petros, o segmento foi impulsionado pela carteira de
participações mobiliárias, em especial os ativos com negociação em bolsa. Ainda
assim, o resultado ficou abaixo dos referenciais de mercado IBrX-100 e Ibovespa
devido à queda de ações sem negociação em bolsa e à desvalorização dos papéis
da BRF. Em renda fixa, que concentra 62% dos ativos do plano, a rentabilidade
foi de 11,54%, com destaque para os títulos públicos marcados a mercado e as
debêntures.
Já a carteira de imóveis apresentou rentabilidade
negativa de -2,78% ao plano BD, o que a Petros diz ter sido decorrência da
vacância de 35% registrada no final do ano. Por fim, o segmento de
investimentos estruturados, compostos por FIPs, apresentou rentabilidade de
5,91%, ficando abaixo da meta em função de reavaliações econômico-financeiras
de ativos que compõem os fundos. A Petros diz ainda que diante da
desproporcional concentração da carteira em ativos com liquidez restrita, houve
uma redução, de 48% para 36%, da carteira de participações em empresas.
No plano PP-2, o resultado positivo foi
impulsionado por renda fixa, que representa 81% dos investimentos do plano e
encerrou o ano com 9,30% de rentabilidade. Parcela significativa da carteira do
plano está alocada em títulos do governo de longo prazo, que são levados até o
vencimento. Os investimentos estruturados também apresentaram resultado
positivo, com valorização de 46,82% em 2017, puxados pelos retornos do FIP
Caixa Barcelona. Em função do bom momento do mercado acionário, a Petros aumentou
as aplicações em renda variável líquida para este plano, impulsionado a renda
variável, que encerrou o ano com rentabilidade de 10,92%.
Comitês de assessoramento - A Petros aprovou a criação de três comitês de assessoramento. Um comitê
de auditoria, um de investimentos e um de seguridade. Os novos comitês estão em
linha com as propostas debatidas no Conselho Nacional de Previdência
Complementar (CNPC), que sugere a obrigatoriedade da existência desses órgãos
de assessoramento. Segundo a Petros, “o objetivo dos comitês é contribuir para
o aprimoramento da governança corporativa, fortalecendo os processos de tomada
de decisão”
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