MERCADO 1


Com a declaração da OMS (Organização Mundial de Saúde) de pandemia do coronavírus nesta quarta-feira (11), a Bolsa de Valores brasileira despencou pela segunda vez na semana. 

Depois de cair 12% na segunda (9) e subir 7% na terça (10), o Ibovespa recuou 7,63%, a 85 mil pontos, acionando o circuit breaker, quando caiu 10,11% durante o pregão.

Este é o segundo circuit breaker da semana. O primeiro aconteceu na segunda, quando Bolsas globais tiveram o pior pregão desde a crise financeira de 2008. 

O mecanismo é uma pausa temporária nas negociações de ativos, derivativos e títulos de renda fixa privada acionada em quedas superiores a 10% do Ibovespa. Neste caso, o pregão é interrompido por 30 minutos.

Desde a piora dos mercados financeiros com o avanço do coronavírus na China, a Bolsa de Valores brasileira perdeu quase R$ 900 bilhões em valor de mercado. As fortes quedas, que tiveram início na quarta-feira de Cinzas (26), derrubaram o Ibovespa em 25,8% nas duas últimas semanas.

A perda de valor corresponde a cerca de 12% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2019, que somou R$ 7,257 trilhões.

Nesta sessão, a Bolsa abriu em queda sob a notícia de novos casos do coronavírus no Brasil e falta de maiores detalhes de estímulos econômicos nos Estados Unidos, prometidos na noite de segunda (9) pelo presidente americano Donald Trump.

A desvalorização foi acentuada no início da tarde pela declaração da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que há uma pandemia do covid-19 em curso no mundo com a sua disseminação por mais de cem países, em todos os continentes.

Com a notícia, o Ibovespa acelerou perdas e, por volta das 15h15, caiu 10,11%, acionando o circuit breake

Nesta quarta, as maiores quedas da Bolsa foram de companhias aéreas, que sofrem com as restrições de viagens e alta do dólar. Azul caiu 16,4% e Gol, 14,6%.

As ações preferenciais (mais negociadas) da Petrobras recuaram 11,4%, a R$ 15,56. As ordinárias (com direito a voto), 12,4%, a R$ 16,08.

A cotação do barril de petróleo do tipo Brent cai 3,55%, a US$ 35,90.

  • Bolsa de Tóquio fecha em queda de 4,4% após anúncio de Trump

A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de quinta-feira em forte baixa de 4,4%, consequência da epidemia do novo coronavírus e da suspensão das viagens da Europa para os Estados Unidos anunciada pelo presidente americano Donald Trump.

O índice Nikkei 225 perdeu 856,43 pontos, a 18.559,63 unidades.

Donald Trump afirmou que vai suspender por 30 dias, a partir de sexta (13), todas as viagens da Europa (com exceção do Reino Unido) que tenham os EUA como destino a fim de restringir o espalhamento do novo coronavírus. 

A proibição não atinge cidadãos americanos e seus familiares imediatos nem os que tiverem residência permanente nos EUA. ​

As principais Bolsas da Europa iniciaram a quinta-feira com baixas superiores a 5%, poucas horas depois do anúncio do presidente americano, Donald Trump, que proibiu as viagens de estrangeiros procedentes de Europa aos Estados Unidos, devido ao coronavírus.

  • Bolsas europeias caem para o nível mais baixo em quase quatro anos após restrições de viagem aos EUA

As bolsas europeias abriram o pregão nesta quinta-feira (12) em queda brusca, chegando ao seu nível mais baixo em quase quatro anos após o presidente Donald Trump restringir as viagens entre os países da Europa continental e os Estados Unidos para conter a propagação do novo coronavírus.


Pela manhã, o índice STOXX 600, que reúne as principais ações da Europa, caía 4,9%. Já o sub-índice da indústria de turismo e lazer .SXTP despencava 8,6% para o nível mais baixo em mais de seis anos.

Indicando um novo dia de pânico nos mercados globais, os resultados na Europa repetiram o mau humor dos investidores na Ásia: o índice Nikkei, de Tóquio, terminava o pregão em queda de 4,4%, enquanto o CSI, das bolsas de Xangai e Shenzhen, caía 1,9%.
Enquanto isso, o petróleo Brent registrava queda de 4,6%, chegando a US$ 34,14 o barril.



FOLHA DE SÃO PAULO
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