Governo avalia nova prorrogação de programa de
corte de salário e suspensão de contrato.
Prazo máximo do
acordo trabalhista passaria a ser de 180 dias; mudança deve ser feita por
decreto.
O governo estuda
permitir que os acordos de suspensão temporária de contrato de trabalho e
de corte de jornada –e de salário– tenham um prazo maior. A
prorrogação deve ser de 60 dias.
Com isso, o período
máximo para que essa medida seja adotada passaria a ser de 180 dias, ou seja,
seis meses a contar a partir da assinatura do acordo entre patrão e empregado.
O programa que visa evitar demissões em massa durante
a pandemia da Covid-19 foi criado em 1º de abril.
Até esta
quarta-feira, mais de 16,3 milhões de acordos de redução de jornada e suspensão
temporária de contratos foram assinados.
Pelas contas da equipe econômica, a medida deveria alcançar
24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada, mais de 70% de todos os
empregados formais do país.
Foram reservados para esse programa R$ 51,2 bilhões a serem
gastos neste ano. Mas o balanço mais recente mostra que cerca de R$ 20 bilhões foram
desembolsados.
O governo paga aos trabalhadores com redução de jornada e
salário uma proporção do valor do seguro-desemprego.
A compensação é de 25%, 50% ou 70% do
seguro-desemprego, que varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. No caso da suspensão de
contrato, o empregado recebe valor integral do seguro-desemprego.
FOLHA DE SÃO PAULO