Heineken vai ao Cade contra a Ambev
Cervejaria diz que
quer acabar com os contratos de exclusividade de venda no setor
O Grupo Heineken foi ao Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica) nesta semana
contra a Ambev, dona das marcas Skol e Brahma, acusando a concorrente de adotar
condutas anticompetitivas.
A cervejaria diz que a concorrência mantém práticas abusivas
de acordos de exclusividade.
Afirma também que quer acabar com esse tipo de
contrato no setor, um modelo que a própria Heineken também diz praticar.
"Embora sejam
legalizados em determinadas situações e praticados em menor escala pelo Grupo
Heineken, [os acordos] invariavelmente beneficiam a empresa que mantém posição
dominante, criando barreiras à entrada e ao crescimento de pequenas e grandes cervejarias",
afirma a empresa em nota.
A Heineken diz que
o Cade firmou um termo com a Ambev, em 2015, quando a companhia
se comprometeu a não ultrapassar em 8% a parcela dos pontos de venda com
contratos de exclusividade, mas o documento expirou em 2020.
Entre os pedidos apresentados nesta semana, a Heineken quer
que seja concedida uma medida preventiva e que a concorrente seja impedida de
adotar cláusulas de exclusividade para a venda ou exposição de seus produtos.
FOLHA DE SÃO PAULO