Senado aprova com mudanças projeto que autoriza
telessaúde.
Prestação remota de
serviços engloba medicina, fisioterapia e psicologia; texto volta à Câmara.
O Senado aprovou
nesta terça-feira (29) com mudanças o projeto de lei que autoriza e regulamenta
a prática de telessaúde.
A modalidade de prestação remota
de serviços engloba não só a telemedicina, mas também atendimento em
enfermagem, fisioterapia e psicologia, por exemplo.
Como o texto foi modificado pelo Senado, ele retorna à Câmara dos Deputados, onde tinha sido aprovado em abril por
300 votos a 83.
A prática de
telessaúde foi permitida em caráter emergencial durante a pandemia de Covid-19,
em 2020, e se tornou uma das principais bandeiras do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O texto estabelece
princípios para a prática, como autonomia do profissional de saúde,
consentimento do paciente, assistência segura e direito de recusa ao
atendimento remoto.
Segundo o projeto, atos do profissional envolvido teriam
abrangência nacional.
Os conselhos
federais ficariam responsáveis pela normatização ética da prestação dos
serviços remotos.
O texto também afirma que o atendimento remoto deve assegurar
a confidencialidade dos dados do paciente.
O projeto, de
autoria da deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP), foi relatado pelo
senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Em 2019, o CFM (Conselho Federal de Medicina)
baixou uma resolução para regulamentar o atendimento à distância, mas o texto
acabou revogado.
Até a lei de 2020, a prática era regulamentada apenas por
normas infralegais, que, segundo o relator, geravam insegurança jurídica.
"A aprovação de um diploma legal sobre o tema
se justifica pelo fato de que a regulamentação do tema por diversas e esparsas
normas infralegais gera, em muitos casos, insegurança jurídica aos atores
envolvidos com a telessaúde em todos os seus aspectos", afirmou Veneziano
em seu parecer.
FOLHA DE SÃO PAULO