Governo
costura socorro de R$ 48 bi a empresas aéreas e de energia e a varejistas.
Ideia é que BNDES e bancos privados
comprem títulos dessas companhias e fiquem com ações em caso de calote
O
governo costura com bancos privados, fundos de investimento e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) um plano de socorro de ao menos R$ 48 bilhões a grandes
empresas atingidas pela crise do coronavírus.
Devem ser contempladas companhias
aéreas, empresas de energia e grandes varejistas.
Pelo
plano em discussão, serão oferecidos a empresas que têm ações negociadas na
Bolsa instrumentos de dívidas conversíveis em ações.
Ou
seja, os bancos poderiam ficar com uma fatia da companhia caso ela não tenha
condições de pagar o empréstimo ao fim do prazo acordado.
Somente
na cadeia de energia (geradoras, transmissoras e distribuidoras), o montante
necessário já é de R$ 40 bilhões, segundo representantes de cada segmento.
Quando
as primeiras conversas com o BNDES começaram, há cerca de três semanas, essa
necessidade era de R$ 17 bilhões.
O
valor mais do que dobrou não somente com a queda no consumo, principalmente de
indústrias, mas também com o aumento da inadimplência.
Já
quatro companhias aéreas (Gol, Latam, Azul e Passaredo) negociam algo em torno
de R$ 8 bilhões. Estimativas de bancos apontam que essas empresas podem estar
queimando até R$ 100 milhões em caixa por dia.
FOLHA DE SÃO PAULO