Os investimentos de entidades
fechadas em ativos no Exterior deverão ir de R$ 2,5 bilhões para R$ 10 bilhões
em 2018, calcula a ABRAPP. O CMN publicou novas regras a respeito na semana
passada, sendo que algumas restrições foram eliminadas, como a exigência de que
cada EFPC só investisse em conjunto com 4 outras em apenas em títulos com boas
notas de agências de risco.
De toda forma, as entidades deverão continuar a não
se aproximar do teto de 10% para investimentos no exterior, segundo Lucas
Nóbrega, diretor da Abrapp. “Os 10% representam R$ 80 bilhões. Esse volume não
vai para o exterior. Devamos assistir a uma mudança de R$ 2,5 bilhões para R$ 10
bilhões este ano”, observa Nóbrega.
A Previ tem hoje menos de R$ 150 milhões alocados
fora, diz o Diretor de Investimentos, Marcos Moreira. O valor deverá mudar, mas
a estratégica ainda está em discussão. “O cenário interno é de redução de juros
e de dificuldade de alocar em ativos de baixo risco que atinjam a nossa meta de
retorno, que é de 5%”, notou Moreira.
Segundo Lucas Schmidt, da Mercer, metade das
entidades pretende investir mais em ativos estrangeiros. Ele fez pesquisa sobre
o tema. “Com juros a 7%, os fundos precisarão aumentar as suas alocações fora
do País”, assevera Schmidt.
FOLHA DE S. PAULO