A Previ quer que outras entidades de previdência complementar
incorporem às suas decisões de investimento os princípios ambientais, sociais e
de governança corporativa e integridade - conhecidos como ASGI -, a exemplo do
que já faz. A entidade, o maior fundo de pensão da América Latina, também faz
coro com organizações sobre a necessidade de se criar métricas para quantificar
os riscos e retornos que a adoção destes critérios têm ou não sobre as
aplicações.
O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil
(BB) lançou em junho o guia de melhores práticas de ASGI em investimentos, que
contém diretrizes e orientações para demais entidades interessadas em adotar ou
aprimorar o tema.
"Queremos transformar o nosso papel de ator para
indutor e ajudar as outras fundações a também elevarem a régua", diz o
presidente da entidade, Gueitiro Genso. O executivo foi indicado ontem para a
vice-presidência de distribuição de varejo e gestão de pessoas do BB.
O executivo defende o papel dos investidores
institucionais para aumentar a relevância do tema. "Quando a Previ questiona
se uma companhia insere critérios de responsabilidade socioambiental no
planejamento estratégico e, se outros fundos de pensão fazem o mesmo, essa
empresa vai levar em consideração que todos os investidores estão preocupados
com as questões ambientais e de sustentabilidade", afirma Genso.
Juliana Schincariol
VALOR ECONÔMICO