Gestores
recomendam ações tradicionais para atravessar instabilidade
Empresas líderes e consolidadas, com
grande volume de negociação na Bolsa e caixa confortável, são aposta na crise.
O
cenário de instabilidade política e econômica no Brasil levou
gestores a voltar suas recomendações para as empresas líderes de mercado e com
grande volume de negociação na Bolsa, as chamadas blue chips –alusão aos
cassinos, onde as blue chips (fichas azuis, em inglês) valem mais.
Entre
as mais recentes recomendações de bancos, gestoras, casas de análise e
corretoras, algumas ações são figurinhas carimbadas, como Bradesco, JBS e Vale,
empresas consolidadas e com forte caixa.
No setor
bancário, os dois maiores bancos privados do país, Bradesco e Itaú, são os mais
citados devido ao provisionamento de crédito elevado para arcarem com
inadimplências decorrentes da crise.
A grande
preferência, porém, é o Bradesco, que tem as ações mais descontadas do que o
Itaú.
De acordo com relatório do Santander, os papéis do Bradesco estão sendo
negociados 23% abaixo da média histórica.
Segundo Junqueira, da Gauss, outra
vantagem do banco ante seus pares é que um terço do seu resultado vem do
Bradesco Saúde.
A pandemia do
coronavírus levou diversos serviços de saúde a serem suspensos e adiados, o que
reduziu os custos de planos, outro setor muito recomendado por analistas.
FOLHA DE SÃO PAULO