MENOS BRASÍLIA


Empresários veem pouco apoio a Guedes dentro do governo.

Preocupação do setor privado abrange perda da capacidade de recuperação a estelionato eleitora.

Apesar da simbologia nos gestos de apoio a Paulo Guedes feitos por Bolsonaro após a debandada de Salim Mattar e Paulo Uebel, grandes empresários ficaram com a impressão de que a sustentação do ministro agora está fora de Brasília, no setor privado. 

“Guedes está num labirinto que não depende só dele. Desconfio que seu apoio venha mais de fora do que de dentro, e desconfio que teto e reforma são a encruzilhada que o fará ficar ou sair”, diz Horácio Lafer Piva (Klabin).

O diretor-presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas, afirma que a debandada é somente o sintoma de que algo já não ia bem com a agenda liberal deste governo. 

Mas aprofunda uma preocupação sobre a capacidade de recuperação em meio a pressões políticas.

“Considerando que o programa econômico liberal teve importante peso na eleição de Jair Bolsonaro, o enfraquecimento ou, ainda, o eventual abandono dessa agenda reprisa o episódio do estelionato eleitoral na novela política brasileira”, diz Freitas.



FOLHA DE SÃO PAULO
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