O
mecanismo da inscrição automática para os planos de benefícios da Previdência
Complementar Fechada entrou no texto-base da PEC n. 133/2019 - conhecida como
PEC Paralela.
A proposta foi apresentada como emenda e foi acatada pelo parecer
do relator Tasso Jereissati (CE) - ao centro na foto -, que foi aprovado em
primeiro turno pelo Senado no último dia 6 de novembro.
A expectativa é que a
PEC seja aprovada em segundo turno nesta semana pela casa.
Faltam apenas 4
destaques para votação no Senado, e nenhum deles envolve a proposta
da inscrição automática. Por isso, a previsão é que a proposta siga junto
com o texto-base para a Câmara dos Deputados.
O líder do governo no Senado
encaminhou a proposta de Emenda 160 no último dia 18 de setembro. “A proposta
já contava com uma recomendação do Conselho Nacional de Previdência
Complementar no governo anterior.
E agora continuamos apoiando a inscrição
automática por se tratar de um mecanismo de sucesso em vários países que contam
com um sistema desenvolvido de Previdência”, disse Paulo Valle, Subsecretário
do Regime de Previdência Complementar.
A literatura internacional
considera a adesão automática como um “case” de sucesso em diversos países que
a adotaram, pois ajuda a gerar maior inserção dos trabalhadores nos planos de
complementação da aposentadoria.
“A inscrição automática é um incentivo para o
fomento dos planos. Trata-se de um ‘nudge’, que é uma palavra que significa
algo como um ‘empurrãozinho’ para incentivar a adesão de novos participantes”,
comentou o Subsecretário.
Sem a adesão automática, o trabalhador tende a adiar
sua decisão de se inscrever ao plano de benefícios e isso pode significar
alguns anos perdidos no período de acumulação da poupança previdenciária.
No caso das contribuições, se o participante não tomar a decisão
de modificar o nível de aporte, o acréscimo pode ser automático ano a
ano.
O mesmo vale para a escolha da alocação dos recursos de seu plano, com o
mecanismo conhecido como ciclo de vida.
Além destes mecanismos, o especialista
defendeu também a adoção de incentivos fiscais, educação financeira e
informações mais simplificadas como pilares fundamentais para o sucesso dos
planos de Previdência Complementar.
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