Previdência acelera análise e reduz fila do
auxílio-doença do INSS.
Apesar da
diminuição da espera pela perícia, número de benefícios negados subiu.
O número de pessoas à espera da perícia médica para tentar
receber o auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recuou
47% na comparação entre março e junho deste ano, passando de 592,1 mil para
312,5 mil, segundo dados obtidos pelo do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito
Previdenciário) por meio da Lei de Acesso à Informação.
A subsecretaria
ainda afirma que todos os pedidos estão sendo analisados e que o tempo médio de
espera entre o agendamento e a realização da perícia é de 35 dias.
O prazo é de
45 dias.
Números fornecidos
à reportagem pelo INSS confirmam que houve aumento na conclusão de análises de pedidos do auxílio-doença,
mas com avanço das solicitações negadas.
De maio para junho
deste ano, o total de processos despachados subiu de 320,7 mil para 434,9 mil.
O crescimento foi de 35%.
Desses quase 435
mil casos concluídos em junho, apenas 160,8 mil foram concedidos, enquanto
274,1 mil foram recusados. O que significa 63% de requerimentos indeferidos.
Em maio, a
proporção entre concedidos e negados era equilibrada: 169,3 mil concessões e
151,3 indeferimentos.
Os requerimentos negados representavam 47% das quase 321
mil análises realizadas.
Para o vice-presidente do IBDP, Diego Cherulli,
o número de indeferimentos é excessivamente alto e pode estar relacionado a
fatores da crise gerada pela pandemia, como o desemprego e as análises de
laudos médicos a distância, sem a realização de perícias presenciais.
Em 2019, antes da
pandemia, houve redução de 428,5 mil para 372,9 mil nos processos concluídos.
No mesmo período de
2020, quando a pandemia obrigou o INSS a suspender as perícias presenciais e
passar a antecipar um salário mínimo para pedidos cuja documentação médica
fosse aprovada pela perícia, houve crescimento de 349,9 mil para 507 mil no
total de despachos.
AGORA