A telemedicina avança
A prática da telemedicina está autorizada na rede pública e privada de saúde do
Distrito Federal
A prática da telemedicina está autorizada na rede
pública e privada de saúde do Distrito Federal.
A Lei nº 7.215/2023, sancionada
pelo governador Ibaneis Rocha e publicada no Diário Oficial da União, assegura
ao médico autonomia na decisão de adotar ou não a telemedicina para cuidados ao
paciente, cabendo ao profissional indicar a consulta presencial quando
considerar necessário.
A publicação também prevê a obrigatoriedade de
capacitação do médico em bioética, responsabilidade digital, segurança digital,
pilares para a teleconsulta responsável, telepropedêutica e treinamento em
mídia digital em saúde. Segundo a lei, o atendimento por telemedicina só poderá
ser realizado após autorização do paciente ou de seu responsável legal.
O texto esclarece que cabe ao gestor responsável
pelo local de provimento do serviço disponibilizar espaço fixo com privacidade,
banda de comunicação exclusiva para telemedicina e equipamentos e softwares que
atendam às exigências necessárias.
Uma pesquisa feita com 1.183 médicos dos estados de
São Paulo e do Maranhão mostra que a telemedicina foi usada para consultas,
durante a pandemia de covid-19, por cerca de um terço deles ou 30,6%.
A pesquisa mostrou que a telemedicina foi mais
frequentemente utilizada para conectar profissionais na discussão de casos
clínicos (55%), em reuniões de serviço (48%) e na capacitação e atualização de
conhecimentos (40%).
“Os múltiplos usos da telemedicina vieram para
ficar.
A tecnologia trouxe muitas vantagens, mas não se trata de uma panaceia.
É preciso regular e monitorar. Para determinados usos e especialidades pode
haver perda de qualidade com o online.
O atendimento não presencial significa
muitas vezes um atendimento de baixa qualidade”, destacou o professor do
Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da USP e
autor do estudo, Mário César Scheffer.
Segundo a pesquisa, a telemedicina foi usada,
durante a pandemia, predominantemente em áreas relacionadas ao covid-19 e em
clínicas particulares e ambulatórios.
Aproximadamente três quartos dos médicos
em grandes hospitais relataram usar serviços de telemedicina (78,3%), seguidos
por médicos que trabalham em clínicas privadas menores (66,4%).
Por outro lado, chega a notícia de que em setembro
de 2022, o número de pessoas empregadas na cadeia produtiva da saúde foi de 4
milhões e 778 mil, considerando setor público e privado e empregos diretos e
indiretos.
Esse montante resulta do crescimento de 1% em relação a junho de
2022 (3 meses). Na mesma comparação, o mercado de trabalho cresceu 2,1%.
IESS