Com burnout e Covid, cresce a falta de
trabalhadores em hospitais privados.
Taxa
de absenteísmo subiu de 2,2% em 2019 para 3,6% no ano passado, diz associação
do setor.
Os hospitais privados encerraram o novo estudo
sobre o desempenho na pandemia, com a conclusão de que a Covid pesou na saúde
das empresas e dos profissionais.
O combate à doença impulsionou a geração de
emprego no setor de saúde, com 111 mil novas vagas formais em 2020, sendo 78
mil para funções de atendimento hospitalar, mas o contágio de trabalhadores e o
esgotamento, com casos de burnout, elevaram a taxa de absenteísmo, de 2,2% em
2019 para 3,6% no ano passado.
A tendência de absenteísmo se mantém no
primeiro trimestre deste ano, em torno de 3,4%, de acordo com o levantamento
que a Anahp (associação dos hospitais) divulga nesta quarta (26).
Segundo a associação do setor, no acumulado de
2020, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização) caiu quase 4,5 pontos percentuais ante 2019, para cerca de 8%,
diante do aumento de despesas e queda de receitas.
O primeiro trimestre deste ano começa a reverter o
quadro, com margem Ebitda acima de 13%, que a Anahp atribui à retomada dos procedimentos eletivos que
foram postergados em 2020.
O aumento no preço dos materiais e medicamentos
ainda preocupa, segundo a entidade.
FOLHA DE SÃO PAULO