Apesar de queda, dólar deve continuar acima dos R$
5; entenda.
Analistas
veem maior volatilidade com eleição no Brasil e inflação nos EUA.
Depois de ultrapassar a marca de R$ 5,80 no início
de março, o dólar recuou e tem se mantido entre R$ 5,20 e R$ 5,35 desde o
começo de maio. Na última sexta (21), fechou em R$ 5,35.
Os fatores que influenciaram esse movimento são os
mesmos que explicam a expectativa do mercado de que a moeda não deve voltar
para menos de R$ 5,00 nos próximos anos.
Também não se espera uma disparada nas cotações. Pelo menos, não
de forma permanente, embora se espere muitas oscilações no ano eleitoral de
2022.
De acordo com economistas, as cotações atualmente refletem
melhor alguns fatores que tendem a valorizar o real, predominantemente questões
ligadas ao cenário internacional que podem contribuir para que a moeda termine
o ano nesse mesmo patamar.
Entre elas, estão a perda de valor do dólar frente a outras
moedas e a valorização nos preços de commodities exportadas pelo Brasil.
As cotações também são influenciadas pela diferença entre os
juros de curto prazo nos Estados Unidos e a taxa básica brasileira, que caiu
nos últimos meses, e por fatores domésticos, como a redução temporária do risco
fiscal.
A projeção de câmbio da pesquisa Focus do Banco
Central para dezembro de 2021, por exemplo, estava em R$ 5,30 até a semana
passada.
O mesmo levantamento mostra uma moeda na faixa de R$ 5,20 a R$ 5,35 no
final dos próximos dois anos.
FOLHA DE SÃO PAULO