Queda lenta do
endividamento retarda retomada neste ano, mostra estudo de consultoria São Paulo
A queda do endividamento das famílias em um ritmo mais lento do que o
esperado é um dos componentes que explicam a trajetória oscilante do consumo
nos últimos meses e, em consequência, a lentidão da recuperação econômica como
um todo.
Especialistas esperavam que essa redução fosse um pouco mais rápida
neste ano.
Nas contas da AC Pastore, consultoria do ex-presidente do Banco Central
Affonso Celso Pastore, a previsão era que o peso das dívidas sobre a renda das
famílias chegasse ao fim de 2018 um ponto percentual menor, ao redor de 19%.
Esse movimento
liberaria cerca de R$ 30 bilhões à economia, segundo Marcelo Gazzano,
economista da AC Pastore.
Supondo que tudo fosse direcionado às compras, o consumo das famílias
brasileiras encerraria este ano 0,7 ponto percentual maior e adicionaria 0,4
ponto ao PIB (Produto Interno Bruto).
Parece pouco, mas
significaria um gás na mediana das previsões atuais, de alta de 1,3% para 1,7%
do PIB de 2018.
FOLHA DE SÃO PAULO