Febraban - concentração no setor bancário não é problema


A Febraban, federação dos bancos, acaba de lançar o livro “Os Juros Precisam Baixar Mais Para o Brasil Crescer Mais” em que discute temas delicados para o setor, como a concentração e os spreads (diferença entre juros pagos aos depositantes e o cobrado de tomadores de empréstimos).

“É preciso diminuir o custo da intermediação, principal componente de juros. Depois, aumentar a competição para que a redução vá para o consumidor”, diz Murilo Portugal, presidente da entidade.

Por que editar um livro?  
Conseguimos convencer os bancos a serem menos tímidos na comunicação. Esse foi um erro no passado, a ideia do livro é fazer um pouco de mea culpa.

Durante a campanha eleitoral se discutiu a concentração bancária. Isso motivou a mudança na comunicação?

Não, já estávamos em debate. Concordamos que o setor bancário é concentrado no Brasil —é assim no mundo. É também o caso de todos os segmentos com uso intensivo de capital. Mas o grau de concentração é moderado, se comparado a outros. Além disso, não existe relação entre spread e concentração. Há 20 anos, havia mais bancos, e a diferença de juros era maior.

Se focarmos só a competição, não resolvemos o spread bancário. O Banco Central fez a decomposição e o lucro corresponde a 14,9%. Os outros custos, como os de inadimplência, operacionais, tributários e regulatórios, representam 85,1%



FOLHA DE SÃO PAULO
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