Pressão pela volta do horário de verão ganha apoio
de shoppings.
Associação
do setor apoiou proposta encabeçada por empresários do turismo.
Os shoppings centers vão se unir ao movimento que pede a volta do horário de verão.
Glauco Humai, presidente da Abrasce, associação que reúne os centros
comerciais, diz que a medida é necessária neste momento de agravamento da crise
hídrica.
Segundo Humai, a entidade teve dois motivos para
aderir ao movimento, que começou há pouco mais de dois meses.
“O primeiro, é um
aspecto psicológico.
A pessoa sai do trabalho na luz do dia e tem um tempo a
mais para circular. É intangível, mas percebemos um fluxo maior por volta das
18h30 no horário de verão”, afirma.
O outro motivo, segundo ele, seria a possibilidade de alguma
redução no consumo de energia.
Humai afirma que os shoppings consomem do mercado livre de
energia e não estão sujeitos à nova bandeira tarifária, porém, o aumento pode
impactar negociações futuras.
A proposta foi lançada por entidades do turismo,
como CNTur e Feturismo, e depois ganhou apoio do setor de restaurantes.
O
grupo diz que enviou um novo pedido a Bolsonaro nesta semana, mesmo depois de
o presidente ter rejeitado a ideia recentemente.
Os empresários argumentam que o horário de verão promoveria alguma economia de
energia e permitiria estender o funcionamento de atividades ligadas ao lazer,
ajudando os negócios mais afetados pela pandemia.
A extinção do horário de verão foi uma das
primeiras ações do governo Bolsonaro, tomada por decreto em abril de 2019.
FOLHA DE SÃO PAULO