Reforma Tributária passa por última etapa antes de
ir ao plenário do Senado.
Governo tem semana
decisiva para proposta defendida pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda).
A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado tem audiência marcada para esta
terça-feira (7) com o objetivo de votar a proposta de Reforma Tributária sobre
o consumo.
Essa é a última etapa de discussão antes de o texto seguir para a
deliberação em plenário, o que está previsto para esta semana.
A
mudança no sistema tributário é uma das principais pautas da agenda defendida
pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), por causa da
expectativa de simplificação das regras e do ganho de eficiência para o país.
O
texto extingue cinco tributos sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) e
cria três novos: a CBS (contribuição federal sobre bens e serviços), o IBS
(imposto estadual sobre bens e serviços) e o Imposto Seletivo.
Os
cálculos da equipe econômica sobre o projeto inicial da Reforma
Tributária apontavam uma cobrança total entre 25,45% e 27% sobre o
consumo.
Com um aumento de 0,5 ponto percentual, calculado agora com
as flexibilizações do texto, a alíquota pode chegar a 27,5%.
Os
focos da atuação do governo neste momento são dois: afastar o risco de novas
ampliações no número de exceções e azeitar as negociações com os senadores para
assegurar um apoio maciço ao texto.
A aprovação de uma PEC depende de maioria simples na CCJ e do
apoio de 49 dos 81 senadores no plenário, mas o relator, senador Eduardo Braga
(MDB-AM), tem ampliado o diálogo com os parlamentares na tentativa de assegurar
uma votação expressiva, como ocorreu na Câmara dos Deputados —onde a votação em primeiro turno teve 382 votos
a favor, ante os 308 necessários.
FOLHA DE SÃO PAULO