MERCADO DE TRABALHO


Empresas precisam rever preconceito contra executivos mais maduros

Em artigo publicado, o colunista Claudio Garcia, professor da Universidade de Nova York, escreve sobre a necessidade de se rever a premissa de não valorizar profissionais seniores. 

Ele inicia o texto referindo-se ao caso de uma amiga, com 65 anos na ocasião em que foi avaliada como sem potencial de crescimento pela empresa em que então trabalhava, embora essa mulher mostrasse segundo ele na ocasião talentos evidentes e claros sinais de que poderia entregar muito além deles.

O autor acredita que o preconceito contra profissionais mais experientes, já a partir dos 45 anos de idade, domina grande parte das empresas brasileiras. 

E esse tipo de pensamento precisa ser revisto, uma vez que recentes projeções do IBGE mostram que em 2042, ou seja, ali na frente, a maior parcela da população brasileira terá mais de 60 anos de idade, uma antecipação de seis anos desde a última previsão. 

Hoje, a maior faixa é de pessoas entre 40 e 59 anos, o que já deveria ser relevante para organizações revisarem seus conceitos sobre talentos.

Óbvio que o envelhecimento é acompanhado de declínios físicos e cognitivos. 

Mas o padrão atual tem sido jogar o bebê fora com a água muito antes de se terminar o banho. Além disso, a maior parte desses declínios não tornam as pessoas inúteis. 

A propósito, Garcia encerra o artigo observando que a sua amiga, citada  no início do texto, continua aos 70 anos sua trajetória de executiva de sucesso.



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